quinta-feira, 27 de junho de 2019

Amor Doce: Episódio 32_Lysandre


Sejam felizes, sejam discretos!




(Já é a quinta vez que eu acordo de noite)
(Eu não consigo pensar em outra coisa...)
(Eu só penso no Lysandre.)
(Eu sinto como se eu não tivesse feito o máximo para ajudá-lo.)
(Eu preciso voltar até o hospital para conversar com ele novamente.)
(E dessa vez a Nina não vai estar presente... Assim tudo fica mais fácil.)
(Eu fiquei na cama até chegar a hora de me levantar.)
(Eu vou tomar meu café da manhã para não preocupar os meus pais.)



Sala


Mãe: Bom dia, querida.


Bom dia, mãe.


Mãe: Tenho uma ótima noticia pra você.


Ah!


Mãe: Eu e o seu pai decidimos te tirar do castigo.


(Próximo)


Mãe: Seu castigo foi bem severo e acredito que você entendeu porque ficou proibida de sair nos finais de semana.


(Próximo)


Mãe: Com tudo o que aconteceu nos últimos dias, acreditamos que te fará bem poder se distrair um pouco.


(Se ela tivesse me dito isso à alguns dias, eu pularia de alegria, mas hoje...)




Obrigada, mas desde o acidente, eu não estou com cabeça para pensar em sair.


Mãe: Eu entendo. Ele parece ser muito importante para você.


Sim. (Eu não preciso mentir para ela.)
Por falar nele... Eu queria poder visitá-lo hoje.


Mãe: De novo?


(Próximo)


Mãe: Nem tente me fazer acreditar que você não está apaixonada por ele?


Mãe... Eu não quero falar no assunto, está bem?


Mãe: Você pode se fazer de despedida, mas nós sabemos que na sua idade, é normal paquerar...


(Próximo)


Mãe: Digamos que EU aceito melhor isso mais facilmente...

...


Mãe: Por que essa cara? O que eu disse...?


Ele perdeu a memória! Ele nem lembra mais de mim!


Mãe: ...


(Pronto, falei.)
(Eu queria desabafar com ela desde ontem, quando sai do hospital.)
(Só que eu não consegui, pois falar tornaria tudo ainda mais real...)


Mãe: O que você quer dizer com isso?


(Eu contei que o Lysandre tinha sofrido traumatismo craniano moderado e que havia esquecido uma grande parte dos acontecimentos recentes.)
(Só não vou contar os detalhes sobre "as mulheres da vida dele?".)
(Ou seja: a Rosalya e a Nina e eu.)


Mãe: Nossa! É horrível... Eu espero que ele consiga se recuperar, um rapaz tão novo...


Os médicos disseram que ele vai conseguir, temos que ser otimista.
Enquanto isso... Você entende por que eu quero voltar lá? Ele... Ele precisa de apoio.


Mãe: Eu imagino que a família esteja ao lado dele, mas se é isso que você deseja, eu não vou impedir de vê-lo, claro.


Obrigada.


Mãe: Só uma coisa...


(Próximo)


Mãe: Tente se proteger, querida.


(Eu não soube o que dizer.)
(É difícil me "proteger" quando se trata do Lysandre.)
(Eu tomei o meu café ao lado da minha mãe.)
(O fato de poder desabafar com ela me deixou menos triste.)
(Depois eu me preparei para voltar ao hospital.)
(Dessa vez eu vou fazer o possível para passar um bom momento com o Lysandre.)
(Ele perdeu a memória, mas no passado ele passou por mim, eu posso me aproximar dele mais uma vez.)
Ponto de Ônibus


(Há pouco ônibus no domingo...)
(Eu vou esperar um pouco até que passe o próximo.)


Em Frente á Escola


Iris: Oh, Docete!


Olá, Iris? Tudo bem?


Iris: Tudo!


(Próximo)


Iris: Você... Você foi visitar o Lysandre?


(Eu fiz que sim com a cabeça.)


Iris: E como ele está?


Ele está melhorando... Mas tem algo bem mais grave.


Iris: C-Como assim?


(Eu contei para Iris sobre a situação do Lysandre, sem entrar em detalhes.)


Iris: Coitado... É horrível!


(Próximo)


Iris: E nós não podemos fazer nada?


Nós podemos tentar fazer com que ele se lembre do passado... Quem sabe dê algum resultado...


Pelo menos é o que eu espero.


Iris: Você parece tão angustiada...


(Próximo)


Iris: Você é realmente uma amiga maravilhosa.


Hum... Eu tento ajudá-lo, é verdade.
(Se ela soubesse...)


Iris: Eu vou visitá-lo essa semana e espero que ele se lembre de mim.


(A Iris sempre foi tão gentil com todos... E nem sempre essa gentileza foi retribuída, infelizmente.)




Você é realmente uma pessoa muito boa, Iris. Eu tenho certeza de que o Lysandre vai gostar de revê-la.
O que te motiva a ser tão gentil assim com todo mundo?
(Não falar mais nada.)


Iris: Obrigada, eu espero.


(Terminar a conversa.)


Ponto de Ônibus


(Eu procurei meu dinheiro na carteira para pagar minha passagem.)
(Ainda custa 10$ para esse percurso.)
(Lá vou eu...)
(Cheguei.)
(Eu estou com um aperto no coração.)
(Por causa da amnésia, da Nina, da Rosa, da Socorro...)
(Eu espero que tudo seja mais fácil hoje.)


Elevador


(Oh, ela não...)


Socorro: Olá.


O-Olá...


(Ela fez um sinal com a cabeça e foi embora.)
(Bom... Apesar dela continuar com o mesmo jeito ríspido, ao menos dessa vez ela foi mais educada.)
(Isso me faz pensar... Como será a atitude dela normalmente?)


Corredor


Enfermeira: Nós já nos encontramos, não? 


Sim, ontem.


Enfermeira: Eu me lembro, para visitar o Lysandre. Ele está progredindo.


(Sim, mas em que sentido?)




Eu posso vê-lo?


Enfermeira: Ele está com o médico, o melhor é esperar um pouco.


Hum, está bem. Será que vai demorar muito tempo?


Enfermeira: Eu não sei, talvez uns dez minutos.


Ok, obrigada.


Enfermeira: Tenha um bom dia.


(Terminar a conversa.)
(Eu vou aguardar um pouco.)
Hospital


Oh...


Rosalya: Docete! Você voltou.


(Próximo)


Rosalya: Você me disse nada!


Eu decidi de última hora.


(O que não deixa de ser verdade.)
(Eu não sei o que dizer para a Rosa, estou constrangida pelo que aconteceu onde.)


Rosalya: Entendi. Nós não vamos ficar por muito tempo, eu estou esperando o Leigh e Josiane terminarem de preencher alguns papeis administrativos, mas...


(Próximo)


Rosalya: Você quer que eu fique? Eu entendo se você preferir ficar sozinha...


Não. (Eu respondi com firmeza.)
Sim, se você preferir...




(Eu não consigo dizer não. Ela continua sendo minha amiga.)


Rosalya: Ei! você quer parar? Nada de mentiras entre nós.


(Próximo)


Se você fala assim para me agradar, deveria pelo menos tentar ser mais convincente...


Desculpa, eu deveria ser franca, mas eu não quero brigar com você.


Rosalya: Fico feliz em saber.


(Próximo)


Rosalya: Nós deveríamos conversar, para evitar todo o mal entendido.


(Próximo)


Leigh: Vamos, amor?


(Próximo)


Leigh: Oh! Olá Docete?


(Próximo)


Leigh: Você chegou em boa hora, estamos indo embora. Agora o Lysandre não vai ficar sozinho.


(Próximo)


Josiane: Oh, você veio minha querida.


(Eu esbocei um sorriso.)
(A Rosalya e o Leigh parecem estar mais dispostos, mas a Josiane continua com um ar cansativo e triste... Apesar que, mesmo perante essa situação, ela ainda mantém o mesmo jeito encantador.)


Josiane: Ah, eu me lembro. Você gosta do Lysandre e não do Leigh.


(Eu fiquei vermelha como um pimentão.)


Leigh: Bom... Vamos, mãe.


(Próximo)


Leigh: Até mais, Docete.


(Eles se foram.)


Rosalya: Vamos dar um jeito de nos encontrarmos logo, ok?


Sim..


Rosalya: Enquanto esse momento não chega, nada de ficar imaginando coisas.


(Próximo)


Leigh: Rosa?


(Próximo)


Rosalya: Já vou!


(Próximo)


Rosalya: Docete, por favor, me prometa não ficar preocupa com toda essa historia.


Eu vou tentar.


(Ela me olhou como se pedisse desculpa e foi embora.)
(Como não poderei pensar no que aconteceu entre ela e o Lysandre?)
(Impossível.)


Quarto 1


Enfermeira: O médico foi embora, você pode ver o seu amigo.


Ah, obrigada.


(Eu nem consigo disfarçar a minha tristeza...)


Quarto 2


Lysandre: Oh...


(Próximo)


Lysandre: Olá...


Como vai? Eu estava preocupada com você, sabia?
Você se lembra de mim?
Eu estou aqui para ficar no lugar da Rosa.


Lysandre: Eu estou no bom caminho.


Você conseguiu se lembrar de alguma coisa?


Lysandre: Sim!


(Próximo)


Lysandre: A Rosalya me falou um pouco da escola.


(Próximo)


Lysandre: Eu acabei me lembrando do show que eu, o Castiel, o Nathaniel e a Iris fizemos.


Oh...
Quer dizer que você não se esqueceu do Nathaniel e nem da Iris?


Lysandre: Eu e a Rosalya chegamos a uma conclusão. Eu me lembro dos alunos mais antigos, mas não dos mais novos.


Você lembra do Armin?


Lysandre: Esse nome não me diz nada...


Alexy?


Lysandre: Também não... Mas a Rosa me falou dele.


Kentin? Priya?


(Ele fez que não com a cabeça.)


Você não esqueceu apenas de mim...


Lysandre: Não mesmo.


(Próximo)


Mmmm...


(Eu comecei a rir de nervoso, sem conseguir me conter.)


Lysandre: ...


(Próximo)


Lysandre: Mas o que é que você tem?


D-Desculpe, eu acho que estou nervosa...


Lysandre: ?


É... Porque eu acho isso terrivelmente irônico.
Você sempre foi o rapaz mais distraído, você se perdia, esquecia sempre suas coisas por aí... Varias vezes eu tive que procurar o seu...


(Eu parei de falar no mesmo instante.)


Lysandre: O que foi?


Eu... Eu posso te deixar sozinho por dois minutinhos? 
Eu tenho... Eu tenho que pensar em algo.


Lysandre: Hum, está bem.


Eu já volto!


Elevador


Oooops!


(Eu quase esbarro nela.)
(Ela vai me matar...)


Desculpe, eu não vi você...


Socorro: Não tem problema.


(Ela desviou de mim para poder sair do elevador.)
(Bom, ela não é a mulher mais atenciosa do mundo, mas pelo menos ela não foi tão desagradável como ontem.)


Lanchonete


(O bloco de notas!)
(Porque eu não pensei nisso antes?)
(Talvez seja a melhor solução.)
(Se o Lysandre reler as próprias anotações, talvez a memória volte.)
(Mas primeiro tenho que saber onde está o bloco de notas.)
(Meu receio é que a amnésia complique mais.)
(Bom, eu vou perguntar de algum médico antes de fazer alguma coisa.)


Recepção





Com licença... A senhora sabe onde encontro o medico do Lysandre?


Enfermeira: Ele está no bloco operatório, só vai sair daqui a três horas.


Oh... Eu entendo.


 Enfermeira: Talvez eu posso ajudá-la?


Bem... Eu pensei em trazer aqui algo do Lysandre, para ajudá-lo a se lembrar de alguma coisa.


Enfermeira: E o que é?


É um bloco de notas, onde ele escreve musicas de sua autoria. Se tiver algumas lembranças dentro, talvez ele poderá se lembrar de algo, não?


Enfermeira: É uma boa ideia.


Não há nenhum risco de que isso piore a situação dele? O médico pediu para que não falássemos de lembranças perturbadoras.


Enfermeira: Mesmo se o bloco de notas tiver informações difíceis ou surpreendente, é bem melhor que saiba por "ele" mesmo.


(Próximo)


Enfermeira: Ao reler, será mais fácil para ele aceitar algumas coisas, pois ele vai ter acesso a transcrição do próprio pensamento.


A senhora acha mesmo?


Enfermeira: Ninguém pode garantir com certeza, nem mesmo o melhor neurologista do pais.


(Próximo)


Enfermeira: Porém, é uma pista que você não deveria abandonar.


Obrigada pelo conselho, eu vou procurar o bloco de notas.


Enfermeira: Boa sorte.


(Próximo)


Enfermeira: Iremos descobrir rapidamente se esse método foi uma boa solução.


(Terminar a conversa.)
Quarto 2


Lysandre: Você é o tipo de garota que não para quieta. Eu estou enganado?


Hum... As pessoas dizem que eu sou bem agitada mesmo.


Lysandre: Então, qual é o seu plano?


Você se lembra do bloco de notas que você usava para escrever suas músicas.


Lysandre: Claro.


Ok, já é um ponto positivo.
Agora, uma pergunta mais difícil... Você sabe onde está?


Lysandre: ...


(Próximo)


Lysandre: Não, eu não me lembro.


(Eu dei um grito de frustração.)
(Claro que a resposta só poderia ser essa...)


Lysandre: Por que você está tão preocupada com o meu bloco de notas?


Eu tenho certeza que se você ler as suas notas, poderia se lembrar de muita coisa.


(Ele me olhou em silêncio.)
V-Você está zangado por que eu vou mexer nas suas coisas?


Lysandre: Não... Pelo contrario, eu fico contente que você gaste tanta energia tentando me ajudar.


(Eu senti o meu coração derreter.)
(Eu gosto tanto dele... Não posso aceitar a ideia que ele não vai conseguir se lembrar de nada...)




Bom, eu espero que o seu bloco de notas não esteja na sua casa, pois vai ser difícil para mim pegá-lo.


Lysandre: Talvez o Castiel possa te ajudar.


Você tem o costume de falar para ele onde deixa as suas coisas?


Lysandre: Não, mas ele conhece alguns hábitos meus, talvez ela saiba onde procurar.


Ok, eu vou perguntar para ele.


Lysandre: Quando você vai decidir contar um pouco mais sobre você.


C-Como?


Lysandre: Eu estou com a impressão de que você está evitando o assunto...


(Próximo)


Lysandre: Eu estou errado?


Não, você tem razão.
Eu não sei porque você acha isso.
Não tem nada de interessante para saber.


Lysandre: Você está tentando ganhar tempo.


(Próximo)


Lysandre: Engraçado, eu tenho a impressão de conhecer você tão bem que consigo até perceber quando algo te irrita.


(Próximo)


Lysandre: Talvez seja isso, eu te conhecia bem antes...


(Próximo)


Enfermeira: Desculpe atrapalhar vocês, mas eu preciso preparar o Lysandre para fazer o exame.


Oh... Vai demorar muito?


Enfermeira: Digamos que uma hora, mais ou menos.


(Eu olhei para o Lysandre.)




Eu vou esperar.


(E ele começou a me olhar de modo estranho.)
(Ele deve achar que eu pego muito no pé dele.)


Lysandre: Não precisa ficar, vai demorar muito.


(Próximo)


Lysandre: Mas você pode vir um outro dia.


Verdade?


(Eu falei como uma garotinha.)


Lysandre: Claro.


Bom, então... até breve. Eu vou tentar achar o seu bloco de notas.


(A enfermeira sorriu para mim enquanto o Lysandre fazia que sim com a cabeça.)
Hospital


(O ônibus está prestes a sair...)
(Eu corri para pega-lo, por pouco não perdia.)
(Eu pensei no Lysandre durante todo o trajeto.)
(Eu tenho que encontrar esse bloco de notas. Talvez seja a minha única chance.)


Meu Quarto


(Eu passei o resto do dia no meu quarto.)
(Agora que eu tenho um objeto concreto para ajudar o Lysandre, me sinto bem melhor.)
(No dia seguinte, eu acordei de bom humor. Já fazia um bom tempo que eu não acordava assim.)
(Um novo dia está começando e eu estou confiante... Essa semana será melhor do que a anterior.)


Em frente a Escola


Priya: Ei!


Oi, Priya.


Priya: Como foi seu final de semana, foi bom?


(Próximo)


Não muito...


Priya: Oh, desculpe, eu sou uma completa idiota...


(Próximo)


Priya: Como vai o Lysandre?


(Eu suspirei.)
Eu vou te contar, mas por favor, não comente com ninguém, está bem? Eu não acho que seja um segredo, mas eu não gosto de passar por uma fofoqueira.
(Se alguém tivesse dito que eu um dia seria tão franca com ela, eu não acreditaria.)
(Eu contei sobre a amnésia do Lysandre.)
(Ela ficou sem ação, em estado de choque.)


Priya: Que coisa horrível.


Ahh... Não seja pessimista, ele vai recuperar a memória, eu tenho certeza.


Priya: Sinto muito, é que...


(Próximo)


Se tem alguém que me assusta muito é a possibilidade de alguém perder a memória.


(Próximo)


As lembranças nos fazem ser o que somos.


(Próximo)


Priya: Inclusive eu conheço alguém que sofre de Alzhelmer. É tão triste ver alguém passar por isso.


Eu imagino...


Priya: Desculpa se piorei a situação.


Não precisa se desculpar, nem sempre podemos falar só coisas alegres.
Digamos que não me foi muito reconfortante...
Eu vejo mais como uma oportunidade de te conhecer melhor.


Priya: Eu fico feliz por você pensar assim.


(Próximo)


Priya: Temos que ir agora. A aula do Savin está prestes a começar.


Ah, eu já tinha esquecido.


(Só assim para fazer com que a semana começa um pouco melhor.)
(Eu tenho certeza que vai ser super interessante.)
(Mas eu adoraria poder conversar com o Castiel sobre o bloco de notas...)
(Eu tentei a oportunidade de falar mais tarde.)


Escadaria


Bia: Licença, preciso passar.


(Ela passou pelo grupo de alunos com passos rápidos.)
(A Priya fez cara feia para ela.)


Sala de artes plasticas


Patrick: Senhoritas!


(Próximo)


Nós estávamos esperando por vocês.


(Próximo)
(Todo mundo já estava nos seus devidos lugares.)


Priya: Sinto muito pelo atraso, professor.


(Próximo)


Patrick: Não tem problema.


(Próximo)


Patrick: Como vocês podem ver, não restam muitos lugares.


(Próximo)


Patrick: Priya, sente-se ao lado da Kim, ali.


(Próximo)


Patrick: Docete e Bia, vocês podem se sentar ali.


(Ninguém ousou protestar, mas eu estou com vontade.)
(A Bia será minha colega em artes plásticas? Que azar!)


Patrick: Não precisam fazer essa cara!


(Próximo)


Patrick: Uma aula de artes plástica não é algo fixo... É um momento de troca, bem dinâmico.


(Próximo)


Patrick: Vocês não vão passar o tempo todo sentados.


(Eu olhei rapidamente para a Bia.)
(Próximo)


Patrick: Bom.


(Próximo)


Patrick: Primeiro eu gostaria de dizer que eu estou muito feliz em poder trabalhar com vocês.


(Próximo)


Patrick: As obras propostas no nosso evento artístico são de um bom nível e eu tenho certeza que vocês irão progredir rapidamente.


(Eu sorri.)
(Sinceramente! eu fico feliz em ouvir um professor propor algo assim, é bem diferente da postura da Delanay.)


Bia: Mm...


(Se temos que ser vizinhas, pelo menos nessa aula, o melhor é tentar quebrar o gelo.)
(Bom, eu não gostar muito da Bia, mas eu posso tentar me aproximar mais.)


Patrick: A nossa aula de hoje será sobre as cores.


(Próximo)


Ambre: Ah, qualquer sabe o que é uma cor...


(Próximo)


Patrick: Você gostaria de dar a aula no meu lugar, Ambre?


(Com um ar superior, ela fez que não com a cabeça.)


Patrick: Ok, perfeito.


(Sinceramente, parece que nada o atinge. Eu não sei como ele consegue.)


Patrick: Sim, voltamos a aula... Nossa primeira aula será sobre as cores primárias, que...


(A Ambre e suas coleguinhas continuam cochichando no fundo da sala.)


Patrick: Três amigas... E pelo jeito, três tagarelas incorrigíveis.


(Próximo)


Patrick: Três pequenas Eríneas...


(Próximo)


Ambre: Como?


(Próximo)


Patrick: Já que vocês parecem dominar o assunto, por favor, peço que me citem uma cor primária cada uma.


(Próximo)


Patrick: Ambre?


(Próximo)


Ambre: É... o vermelho?


(Próximo)


Patrick: Charlotte?


(Próximo)


Charlotte: Amarelo.


(Próximo)


Patrick: Li?


(Próximo)


Li: Eu sei lá! Branco?


(Próximo)


Patrick: Bom, temos três respostas e apenas uma e meia está correta. Temos muito trabalho pela frente.


(Próximo)


Patrick: No total, temos três cores primárias: O ciano, o magenta e o amarelo.


(Próximo)


Patrick: Combinadas, elas permitem criar a totalidade das cores existentes.


(Próximo)


Patrick: Partindo desde principio, eu vou pedir para vocês completarem um circulo cromático.


(Próximo)


Patrick: Não precisam fazer essa cara! É um teste lúdico, vocês vão ver.


(O Patrick continuou as explicações.)
(O exercício parece bem simples. Nós temos que colocar as cores do arco-iris na ordem exata, pelo menos foi o que eu entendi...)
(Bom, parece simples na teoria, mas na prático?)
(Eu olhei para a Bia.)
(Ela começou a fazer o exercício e parecia concentrada.)
(É melhor eu começar também.)


"Do espaço amarelo ao azul: Amarelo + amarelo + amarelo + ciano
Amarelo + amarelo + ciano + ciano
Amarelo + ciano + ciano + ciano
Do espaço azul ao vermelho: Ciano + ciano + ciano + vermelho
Ciano + ciano + vermelho + vermelho
Ciano + vermelho + vermelho + vermelho
Do espaço vermelho ao amarelo: Vermelho + vermelho + vermelho + amarelo
Vermelho + vermelho + amarelo + amarelo
Vermelho + amarelo + amarelo + amarelo."


(Ah, estou orgulhosa do que fiz!)
(Eu não tenho muita certeza, mas eu acho que eu vou tirar uma nota boa nesse trabalho!)


Patrick: Muito bem, o tempo acabou. Por favor, passem as folhas para mim. Eu irei entregar as notas na próxima aula.


(Próximo)


Patrick: Agora vamos continuar com alguns exemplos mais complexos.


(Próximo)


Patrick: Na arte, as cores utilizadas nunca são escolhidas na paleta por acaso...


(O Patrick fala com tanto entusiasmo que nós estamos completamente concentrados na aula.)
(Eu percebi que a Bia também estava atenta a aula.)


Bia: Engraçada, com toda essa historia sobre as cores, alguns quadros podem ser considerados como poemas.


Não tem sentido nenhum o que você acabou de dizer!
Que bonito isso!
(Eu olhei para ela, surpresa.)


 O que?


Nada, eu nunca tinha feito essa comparação, mas eu acho que essa é uma comparação bem interessante.


 Oh, bom... Obrigada.


(Próximo)


Patrick: O que está acontecendo?


A Bia estava me dando a sua opinião sobre as cores.


Patrick: Conte para classe, Bia. Não tem motivo para que sua opinião fique só entre vocês duas.


(Próximo)


Bia: Eu... Eu só disse que maneira de misturar as cores e dar um sentido a elas me faz lembrar dos poemas...


(Próximo)


Patrick: ...


(Próximo)


Patrick: É uma análise muito boa.


(Próximo)


Patrick: Isso se chama sinestesia. É quando planos sensoriais são associados entre si, como quando uma cor lembra uma nota de musica ou uma palavra, por exemplo.


(Próximo)
(Eu confesso que estou impressionado com a Bia.)
(Ela não é muito boa em fazer amizades, mas não é nada burra.)
(Quando o sinal tocou, eu estava com a impressão de ter aprendido muita coisa.)
(Eu estou com um pouco de tempo livre e vou aproveitar para perguntar ao Castiel onde eu posso encontrar o bloco de notas do Lysandre.) 
(A aula do Patrick me fez pensar em outras coisas, mas eu não perco o meu objetivo de vista.)


1° Andar


Olá!


Armin: Eu já sei o que você vai me dizer...


Você fez compras!


Armin: Você tem certeza...?


(Próximo)


Armin: Alexy conseguiu me puxar até as lojas... ele consegue isso, em média, três vezes ao ano.


Foi ele quem escolheu o seu traje?


Armin: Não.


(Próximo)


Armin: Eu consegui escolher sozinho.


Você fez bem! E sua escolha combina muito com você!
Eu confesso que gostava mais da sua roupa antiga...


Armin: Obrigada, sem falsa modéstia, eu também acho.


(Terminar a conversa.)


Sala de Ciência


(Mas o que deu em mim para entrar aqui de novo...?)
(Ela vai cair matando em cima de mim, com certeza...)


Professora Delanay: Oh... Você está precisando de alguma coisa? 


Eu... não.


Professora Delanay: Você tem noticia do Lysandre?


(Como ela sabe que eu fui visitá-lo?)


Professora Delanay: Você estava presente no dia do acidente, eu pensei que soubesse alguma coisa.


Eu... Eu fui visitá-lo, sim.Eu estava lá por acaso, como a senhora, eu imagino.


Professora Delanay: Eu espero que ele esteja bem, foi uma cena horrível.


(A Professora Delanay sentido compaixão por alguém? Realmente, tudo pode acontecer nessa escola.)
Ele está se recuperando aos poucos. Mas tudo foi... bem traumático.


Professora Delanay: Eu imagino.


(Próximo)


Professora Delanay: Bem, agora me dê licença que eu preciso trabalhar.


(No fundo, ela continua a mesma...)


Escadaria


Ambre: O que deu nela?


(Próximo)


Charlotte: Eu não sei, ela deve estar se achando uma intelectual.


(Próximo)


Li: Bom, ela tira boas notas, não?


(Próximo)


Charlotte: Não é grande coisa.


(Próximo)


Ambre: Você nunca gostou muito dela, é verdade.


(Próximo)


Charlotte: Não, está parecendo um chihuahua pedindo atenção.


(Próximo)
(Eu nunca imaginei que a Charlotte pudesse fazer um comentário tão maldoso. E eu acho que sei de quem ela está falando...)


Ambre: Eu não tenho nada contra, ela não é má.


(Próximo)


Li: Sim, eu também gosto dela.


(Próximo)


Ambre: Só que ela tem que parar de se exibir como fez na aula de hoje, foi ridículo.


(Próximo)


Li: Isso é verdade.


(Próximo)
(Elas devem estar falando da Bia. Se ela ouvisse tudo isso, entenderia melhor porque não adianta puxar o saco da Ambre.)


Grêmio


Melody: Eu sei que é irracional, mas eu não consigo me controlar.


(Próximo)


Iris: Você deveria pensar em outra coisa...


(Próximo)


Melody: Eu não penso nisso toda hora, mas o problema é que já dura muito tempo.


(Opa, parece que cheguei bem na hora das confidências.)
(Eu não sabia que elas eram tão próximas.)


Melody: Docete...? Você está precisando de ajudá?


Sim, vocês viram o Castiel por acaso?


Iris: Hum, eu não vi.


(Próximo)


Melody: Não, sinto muito.


(Bom, dá pra perceber que elas querem que eu dê o fora.)


Sala de aula A


(Hum...)


Alexy: Então eu falei gentilmente para ele tomar...


(Próximo)


Alexy: Oh! Olá, Docete?


Olá!


(O Alexy ficou sem ação.)
(... antes de vir na minha direção.)
(Ele me abraçou com tanta força que eu acabei perdendo o folego.)




Alexy... Você está me sufocando!


Alexy: Oh, desculpe!


(Próximo)


Alexy: Rosa me contou sobre o Lysandre.


(Próximo)


Alexy: Eu nem vou te perguntar se você está conseguindo ligar com tudo, pois sei que é uma questão ridícula.


(Próximo)


Alexy: Mas quero que saiba que eu estou aqui se acaso precisar... mesmo que não preciso falar nada, quer dizer, podemos ficar juntos sem falar nada, enfim, você entendeu...


(Eu quis sorrir para agradecer, mas... acabei caindo no choro.)


Alexy: Oh, não! Eu não queria te fazer chorar!


(Eu recebi um abraço, mas dessa vez, coletivo.)
(Eu tentei me acalmar o mais rapidamente possível.)

Não se preocupe, eu estou um pouco emotiva nos últimos dias...


Alexy: É normal!


(A Rosa fala pouco.)




(Ignorá-la.)
(Olhar fixamente para ela.)



Rosalya: O que acha de faltarmos a aula para conversarmos um pouco? Eu acho que nós estamos precisando.


(Próximo)


Rosalya: Hum... Vamos poder conversar.


Rosa, não podemos faltar aula! A semana acabou de começar...
Eu preciso achar o Castiel. Eu tenho algo importante para falar com ele.


Rosalya: Eu acho que o convocaram na sala dos professores. O que será ele aprontou dessa vez?


Eu espero que não tenha sido nada grave...


(Já basta ter sido expulso do hospital... ele não precisa ser expulso da escola.)


Alexy: Ele vai se sair bem, como sempre.


Eu vou esperar por ele na saída.


Alexy: Não demore muito, a aula de português começa daqui a pouco.


(Próximo)


Nós precisamos conversar, não pensei que eu esqueci disso.


(Terminar a conversa.)


Corredor Principal


(Eu aguardei em frente da sala dos professores, mas o Castiel não apareceu.)
(Eu tive que desistir e ir para a aula.)
(Eu não estou com vontade de ser convocada também...)
(As aulas continuavam, mas nada de achar o Castiel.)
(Sem o bloco de notas, nada de visita ao Lysandre hoje à noite.)
(Eu vou dar uma volta nas lojas antes de ir para casa.)
(Eu não sou acostumada a fazer isso, mas umas compras só me farão bem!)


Lojas


(Eu entrei em várias lojas do centro da cidade, mas não achei nada que me agradece.)
(Como sempre, a loja do Leigh vai ser a melhor escolha!)
(Mas eu não sei se estou pronta para ver a Rosa...)
(Eu entrei na loja, mas vi apenas o Leigh conversando com dois clientes.)
(Ele está com os olhos fundos.)
(Eu decidi não incomodá-lo e dar uma volta na loja.)
(Eu não sei o que escolher.)
(Eu encontrei um traje legal, além de um pijama.)
(Eu não vou poder comprar os dois...)
(Não é que estou precisando de um pijama, mas...)
(Se, por um milagre, o Lysandre acabe lembrando de mim... eu preciso me preparar.)
(Se eu tiver que vestir um pijama na frente dele, que seja algo mais sexy.)
(Eu nunca imaginei pensar assim, mas não tem nada de mais querer agradar o namorado, não?)
(Se eu escolher o traje, eu tenho certeza que pelo menos ele vai ver.)
(Eu não sei o que escolher.)






Traje 1 (70$): Rosalya
Traje 2 (180$): Lysandre


(Eu vou escolher o traje, assim usaria com mais frequência.)
(No caixa, eu tentei conversar um pouco com o Leigh.)


Leigh: Fico feliz que você achou alguma coisa, não estou muito inspirado esses dias e estamos com poucos modelos novos.


É normal... Você está passando por muita coisa, não exija muito de si mesmo.


(Estou com a impressão que ele nem está me ouvindo mais...)


Bom... Uma boa noite para você e até breve.


Leigh: Sim, boa noite.


(Terminar a conversa.)


Sala


(O Leigh não está nada bem...)
(Eu não posso ficar de braços cruzados.)
(No dia seguinte, eu decidi aproveitar uma aula vaga para falar com o Castiel sobre o bloco de notas do Lysandre.)
(Eu tentei falar com ele ontem, mas o telefone tocou e ninguém atendeu.)
(Bom, ele estava assistindo a aula hoje de manhã, então acho que não vai ser tão complicado assim encontrá-lo.)


Vestiário


Ambre: Ela é muito fofinha, MUITO mesmo. E é tão quietinha...


(Próximo)


Li: Eu gostaria muito de vê-la.


(Próximo)


Ambre: Ela se adaptou bem ao apartamento do meu irmão.


(Próximo)


Ambre: Se bem que o apartamento é muito bom, até eu me sentiria bem nele.


(Próximo)


Ambre: Podem falar dos meus pais o que for, mas eles não são de ficar economizando por bobagem.


(Eu não posso deixar de ferver por dentro.)
(Ela dá a entender que o dinheiro pode comprar o mal que os pais deles fizeram ao Nathaniel... Isso me deixa mais do que irritada.)


Ambre: O que você está olhando?


Nada... (Eu preferi não ficar mais por perto.)E o que você tem a ver com isso?
Você. O espetáculo em pessoa.


Sala de Aula B


Priya: Obrigada.


(Próximo)


Patrick: Não desanime, você tem a chave para o sucesso.


(Próximo)


Priya: Se o senhor acha...


(O Patrick sorriu para mim antes de sair da sala.)


Está tudo bem, Priya?


Priya: Não muito.


(Próximo)


Priya: Eu sou péssima em artes plásticas. É a primeira vez que uma aula me preocupa tanto.


Você está falando sério? Nós tivemos apenas uma aula com o Patrick.


Priya: Eu sei, mas eu fui péssima no exercício do circulo cromático. Quando se trata de pegar um pincel ou um lápis de cor, eu dico bloqueada, não sei porquê.


Você já pensou em pedir umas aulas para a Violette?
Não podemos ser bom em tudo.
Eu tenho certeza de que você vai progredir rapidamente!


 Priya: Quantas vezes eu vou ter que repetir que eu não sou a miss perfeição?


Eu estou apenas brincando, não leve a sério.


Priya: Hum...


(Próximo)


Priya: ...


(Próximo)


Priya: Você quer apostar?


É...


(Ela tirou uma folha branca da bolsa com um gesto brusco.)


Priya: O que você quer que eu desenhe?


(Ela me pegou de surpresa, eu não sei o que pedir...)


Priya: Vá, diga qualquer coisa. Estou pronta para o desafio.


Desenhe um carneirinho.


(Eu não disse mais nada, consciente do nível da minha sugestão...)
(Eu pensei que a Priya iria me mandar catar coquinho, haha.)


Priya: Haha, você é engraçada, Docete.


(Próximo)


Priya: Mas o carneiro é muito fácil. Pense em algo mais criativo.


Eu sei lá...


Priya: Eu preciso de um tempo, um local, um contexto...


Um gato no barco tocando clarinete em um tempo nublado.


Priya: Haha, nada mal!


(Ela pegou a caneta e começou a desenhar.)
(Ela parece tão concentrada... Eu não consigo imaginá-la sem sem capacidade para desenhar.)
(Ela pegou o material de pintura. O que ela está fazendo...?


Priya: Não vale olhar, hein? Eu vou te mostrar quando tiver terminado.


(Eu concordei com um sorriso.)
(Ela é tão fofa levando tudo tão a sério assim...)
(Eu esperei uns cinco minutos para ver uma obra de arte, quando finalmente...)


Priya: Aqui está!


Nossa mãe...

Resultado de imagem para imagem ep 32 amor doce



Priya: Ah, está vendo? Confesso que está horrível.


É...


... bonitinho.
... surpreendente.
... abominável. 


Priya: Você é uma péssima mentirosa, Docete.


Sim, está certo, é...


Priya: É um desastre completo.


Nós deveríamos colocar isso na sala de artes plásticas.


Priya: Oh, legal!


Falando sério... Eu não sei se o Patrick vai gostar disso aqui.


Priya: Eu confesso que ele não merece isso, coitado.


(Próximo)


Priya: Tome para você, vai ser uma boa lembrança, haha.


Haha, hum... É gentileza sua.


(Ela piscou para mim antes de sair da sala.)
(Pelo menos terei algo para colocar no meu armário da escola.)
(Eu mereci depois de ter provocado tanto a Priya.)




Biblioteca


(O Armin parece bastante concentrado...)
(Ele está digitando algo e parece bem aplicado.)
(Eu não acredito que ele esteja fazendo o dever de casa.)

Ei!


Armin: O q-que?


(Ele empurrou a cadeira bruscamente e ela se chocou comigo.)

Ai!


Armin: Oh, desculpe, Docete. Eu não te vi...


Hum... Eu acredito...


(Eu massageei o meu joelho e fiz uma careta.)
(Eu olhei para a tela e percebi que o Armin estava hipnotizado pelo que via.)


O que você está fazendo?
O que você está tentando esconder?
Oh, desculpe, eu estou incomodando?


Armin: Você é muito perspicaz para uma aluna comum.


Talvez porque eu não seja uma estudante comum.


Armin: Pode ser mesmo.


(Próximo)


Armin: O que eu estou fazendo não tem nada a ver com você, pode ir embora.


(Terminar a conversa.)





1° Andar


(A Bia está falando no celular.)
(Eu nunca a vi tão feliz.)


Bia: Nem eu...


(Próximo)


Bia: ...


(Próximo)


Bia: Haha, pare! Não vou fazer mesmo...


(Próximo)


 Bia: Não, nem adianta falar desse jeito...


(Próximo)


Bia: Você é um bobo...


(Com quem ela está falando desse jeito?)
(Mesmo morrendo de curiosidade, acho melhor não ficar mais tempo aqui.)


Sala de Ciências


Ola!


Kentin: Olá, Docete.


Você viu o Castiel por acaso?


Kentin: Não e é melhor para ele!


C-Como?


Kentin: Quanto mais o tempo passa, mais ele me irrita... Eu não aguento mais essa mania que ele tem me menosprezar. 


Ei, não precisa gritar comigo, eu não tenho culpa...
Fique calmo, eu nem sei do que você está falando.
O que ele fez para te deixar nesse estado?


Kentin: Sinto muito.


(Próximo)


Kentin: Eu detesto quando me tratam como se eu ainda fosse o antigo Kentin.


Nesse caso, você deveria reagir com mais calma.


Kentin: Se ele perceber que as provocações não te incomodam, ele vai acabar parando.


Kentin: Hum...


(Eu pensei que ele iria se zangar, mas...)


Kentin: Você tem razão.


(Próximo)


Kentin: Eu tenho tendência a agir sem pensar.


(Terminar a conversa)


Pátio 


(Bom, eu acho que o Castiel não está na escola.)


Iris: Eu posso te ajudar Docete Você parece perdida?


Haha, não diga isso me lembrei de quando eu cheguei na escola.


Iris: Aconteceu tanto coisa depois disso.


Sim... (Eu sorri nostálgica)
Eu estou procurando o Castiel, mas parece que ele foi embora.


Iris: Não, eu o vi descendo o porão não tem nem dois minutos.


Verdade? Ah, muitíssimo obrigada, Iris.


Iris: Não tem de quê.


(Terminar a conversa.)


Porão


Ah, finalmente eu te achei!


Castiel: O que você quer garota? Eu não estou de bom humor hoje.


Mas é importante...
Tem a ver com o Lysandre.


Castiel: Oh, você foi visitá-lo novamente?


Sim, e eu tive uma ideia.


Castiel: Do que você está falando?


Eu queria levar o bloco de notas para ele.
Sabe, aquele bloco onde ele coloca as inspirações das musicas...


Castiel: Aquele que ele vive perdendo?


Exatamente. Você sabe onde ele pode ter guardado?


Castiel: Que ideia, por quê eu saberia?


Porque você é o melhor amigo dele!Porque você não é tão distraído quanto ele!
Porque você não está sofrendo de amnésia!


Castiel: Hum...


Você passava bastante tempo com ele, principalmente com relação a musica. Eu pensei que talvez...


Castiel: Não precisa insistir, eu entendi. Procure no armário dele.


Oh...


(Eu sou mesmo uma idiota! Por que eu não pensei nisso antes?)


Você tem razão, eu vou procurar por lá.


(Ele fez de conta que ia embora.)


Eu fiquei sabendo que você foi convocado na secretaria ontem... O que aconteceu?


Castiel: Eu tirei uma boa nota em Geografia e o professor Faraize pensou que eu tinha colado na prova.


Serio?


Castiel: Foi, eu tive que responder uma serie de perguntas da aula pra eles acreditarem em mim.


Que absurdo! Sem prova nenhuma... Você deveria ter reclamado.


Castiel: Quer saber? Eu não estava nem aí. E fiquei até feliz por baixar a bola deles.


Eu imagino.


Castiel: Isso não significa que eles pararam de ficar de olho em mim. Se eu quero sair dessa escola com um diploma, o melhor é evitar mais problemas.


(Próximo)


Castiel: Você me conta depois se sua ideia funcionou?


Sim, claro.


(Ele fez de conta que ia embora.)


Castiel: Ah, Docete...


(Próximo)


Castiel: ... você e o Lysandre. Vocês estão juntos ou o que?


Eu... Por que você pergunta isso?


Castiel: Eu vi que você estava completamente desorientada no hospital.


(Próximo)


Castiel: E você ainda continua se envolvendo no caso dele.


Eu...
Eu gosto muito dele...


Castiel: Sim... É um cara muito legal.


(Por ele está fazendo essa cara? Ele parece... triste.)
(Eu segui o conselho do Castiel...)
(Eu esperei até o final do dia para tentar abrir o armário do Lysandre.)
(Eu esqueci de pergunta ao Castiel se ele sabia a senha... Se bem que eu tenho quase certeza que o Lysandre não contaria isso pra ninguém.)
(Eu tenho que ir agora.)


Pátio


(Hum, bom...)
(Não vejo ninguém por perto, preciso aproveitar esse momento.)
(Eu acho que sei qual é o código... Ele é simples, mas também o Lysandre não é o tipo de pessoa que escolhe algo complicado, ele pode esquecer.)
(O código deve ser...)


1234
2211 
0230


(Viva! Eu acertei, o Lysandre colocou a sua data de nascimento.)
(Ainda bem que eu tenho uma boa memória.)
(Eu comecei a procurar no armário do Lysandre.)
(Que bagunça aqui dentro...)
(Mas de tanto procurar entre as canetas e as apostilas, eu acabei encontrando.)


O bloco de notas!


Professor Faraize: O que houve?


(Eu dei um pulo!)


Professor Faraize: Docete, o que a senhorita ainda está fazendo aqui?


Eu só estava pegando minhas coisas no meu armário, professor.


Professor Faraize: Está tarde, você tem que ir embora, a escola vai fechar as potas daqui a pouco.


Oh, sim, estou indo.


(Eu sai rapidamente sem nem olhar para trás.)
(Eu tenho que andar rápido para dar tempo de entregar o bloco de notas para o Lysandre hoje mesmo.)


Ponto de Ônibus


(Eu paguei a minha passagem com o coração acelerado.)
(Finalmente eu tenho em mãos um meio de ajudar o Lysandre. Quer dizer, eu espero...)
(Mas o meu insisto me diz que eu estou prestes a conseguir.)
(Eu tive que fazer o máximo para não cair na tentação de folhear o o bloco de notas durante o trajeto.)
(Eu estou com vontade de verificar se o meu plano vele a pena.)
(Mas eu não quero correr o risco de deixar o Lysandre com raiva.)
(Não vou piorar ainda mais a situação...)
(Eu segurei com força o bloco de notas e entrei no hospital.)


Recepção


(O que vão me dizer dessa vez?)
(O Lysandre está com o médico?)
(A família dele está no quarto?)


Enfermeira: Olá.


Olá...
Eu vim ver o Lysandre.


Enfermeira: Pode ir.


(Sério?)


Obrigada...


(É bom de mais para ser verdade.)


Quarto 2


(Ninguém.)


Eu sabia...


(Eu não pude deixar de falar em voz alta.)
Nesse hospital tudo é complicado!
(Será que aconteceu algo com o Lysandre?)
(Talvez eles o levaram até o bloco operário e a enfermeira não estava sabendo?)
(Docete, fique calam...)
(Eu estou muito sensível com essa história de bloco de notas...)
(Eu me sinto como se estivesse uma soma importante de dinheiro nas mãos e devesse colocá-la em um local seguro o mais rápido possível.)
(Eu tenho que encontrar o Lysandre!)


Corredor


(Olha quem está aqui...)
(Será que a Socorro está de bom humor hoje?)


Olá...


Socorro: Olá, Eu posso ajudar?


(Inacreditável!)


A senhora sabe onde eu posso encontrar o Lysandre? É um paciente que...


Socorro: ... foi atropelado, eu sei.  Sinto muito, mas não é o meu paciente, eu não sei onde ele possa estar.


Oh... Ok.


(Ela pode parecer mais simpática, mas não conseguiu me deixar mais tranquila.)


Elevador




Doutor, por favor...



(Ele virou as costas e saiu rapidamente.)
(Talvez seja uma emergência...)
(Por favor, não seja com..)



Elevador



V-Você está aqui!


Lysandre: Mas o que...


(Eu estava incapaz de raciocinar direito e acabei me jogando nos braços dele, chorando.)


Lysandre: O que deu em você?


(Ele não me abraçou, mas também não tentou fugir do meu abraço.)


V-Você não estava no quarto, então... Eu entrei em pânico.


Lysandre: Você se preocupou comigo?


Claro que sim!


(Eu dei um passo atrás, tentando manter a calma.)


Lysandre: Os médicos me autorizaram a andar pelo hospital. Eu não posso perder o habito de caminhar.


Sim, além disso, só vai te fazer bem.


(Eu sorri mais tranquila.)


Eu vim aqui para te entregar o seu bloco de notas.


Lysandre:  Você encontrou?!


(Ele parece impaciente...)


Sim, talvez seja melhor você se deitar para ler, o que acha?


Lysandre:  Está bem


(Terminar a conversar.)


Quarto 2


(O Lysandre deu um suspiro e deitou-se.)


Está tudo bem?


Lysandre:  Não se preocupe, eu só preciso de um pouco mais de tempo para me recuperar.


(Eu não consigo deixar de me preocupar.)

Ah, aqui está ele...
(Eu entreguei o bloco de notas para ele, timidamente.)
(O Lysandre tocou na capa com as pontas dos dedos.)


Lysandre:  Eu estou com receio...


Talvez você ainda não esteja preparado.
Você prefere ficar sozinho?
Não tenha medo, você não está sozinho.


Lysandre:  Não, você pode ficar. Eu gosto da sua companhia.


(A amnésia do Lysandre lhe faz dizer coisas desconcertantes, mas nesse caso, eu gostei.)
(Eu aguardei em silêncio enquanto ele percorria as páginas do bloco de notas.)
(Eu estou tremendo de tanta emoção.)
(Após alguns minutos, ele levantou a cabeça.)
(O rosto dele não transmitia nenhuma emoção.)


Estranho...


(Próximo)


Lysandre:  ...


Sim...?


Lysandre:  Minhas últimas anotações... Eu reconheço o meu estilo de escrita, no entanto... Eu tenho a impressão de estar lendo o texto de um completo estranho.


(Eu senti um aperto no coração.)
(Minha decepção é tão grande que a dor é física.)


Lysandre:  Você está pálida, Docete. Você deveria se sentar um pouco.


Não se preocupe, eu estou bem, só que...


Lysandre:  Você... está chorando?


Não, não...


(Eu não vou deixa-lo triste, eu tenho que ir embora.)
(Eu tossi baixinho.) Que pena que não funcionou, mas... nós vamos encontrar uma outra solução.


Lysandre:  Sim...


Eu tenho que ir.


Lysandre:  Já?!


Está ficando tarde, os meus pais vão ficar preocupados...


Lysandre:  Oh, eu entendo.


(Eu dei meia-volta para que ele não visse minhas lágrimas.)


Até mais tarde.


Lysandre:  Docete?


(Eu parei, mas não consegui me virar.)


Lysandre:  Obrigado por tentar me ajudar. Eu vou continuar lendo o bloco de notas.


Está bem.


Corredor


(Eu estou arrasada.)
(Eu não posso mais tentar me enganar.)
(Eu não posso fazer nada.)


Hospital


(Eu fui até o ponto de ônibus, perdida nos meus pensamentos sombrios, enquanto o sol desaparecia no horizonte.)
(Quando eu estava prestes a subir no ônibus, eu me lembrei do nosso primeiro beijo.)
(Eu fui invadida por um sentimento intenso e dei meia volta.)
(Mas é claro que eu posso mudar alguma coisa.)
(Desde o começo, eu preferi poupar o Lysandre e não revelar que éramos namorados, para não assustá-lo.)
(Mas isso não pode continuar assim.)
(Ele quer ter a memória de volta.)
(E eu me recuso a passar mais uma noite me torturando porque eu não ousei confessar tudo para ele.)
(Eu estou sofrendo muito com isso.)
(Eu preciso voltar e contar tudo para ele.)


Recepção


(Não tem mais ninguém na recepção...)
(Eu não sei se é normal.)
(Esse silêncio me dá calafrios.)


Corredor


(Não tem ninguém mesmo...)


Quarto 2


(Isso é mesmo um pesadelo, ele não está no quarto...)
(Eu estou começando a ficar angustiada, não é normal...)
(Parece que estou ouvindo alguém falando no corredor.)
(Docete, fique calma, você não é mais uma criança.)
(A porta do quarto se abriu com um ruído estridente.)
(??? O que é isso? Parece...)


U-Um fantasma?!


(Eu fiquei paralisada e não percebi que tinha falado em voz alta.)


Lysandre:  Um fantasma?


(Ele olhou fixamente para mim.)


Lysandre:  ...


(Isso durou alguns segundos.)


Lysandre:  Docete...


(Esse jeito de falar o meu nome... No mesmo instante, eu soube que eu significava alguma coisa para ele.)


Lysandre...


Lysandre:  Eu me lembro, eu...


(Próximo)


Lysandre:  Nós...


(Próximo)


Lysandre:  Meu Deus...


(Próximo)


Lysandre:  Eu sinto muito.


(Eu andei na direção dele, emocionada.)


Socorro: O que está acontecendo aqui?


(Próximo)


Socorro: O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!


(O Lysandre e eu demos um pulo assustados.)


Socorro: Não é hora de visita! Saia daqui imediatamente!


Por favor, deixe eu ficar apenas um min...


Socorro: Saia, por favor! Você não é da família e não tem nada que fazer aqui uma hora dessa.


(O Lysandre não reage...)

Está bem, eu vou sair, mas você deveria parar de gritar assim, você não percebeu que ele está em choque?


Socorro: ...


(Ela pegou o Lysandre pelo braço e o levou até a cama.)


Socorro: Eu cuido dele, pode ir tranquilamente.


...


(Sinceramente, eu não consigo entender essa enfermeira...)


Hospital


(Eu peguei o ônibus, um pouco desorientada.)
(Foi como se a Socorro tivesse me acordado no meio de um sonho.)
(Esse momento que eu vivi com o Lysandre foi...)
(Ei tive a impressão de reviver o nosso primeiro encontro.)
(E eu tenho certeza de que isso ajudou na recuperação da memória.)
(Pela primeira vez desde o acidente, eu senti como se ele me visse realmente.)
(Eu ainda estou tremendo.)
(Eu ia amar falar mais com ele.)
(O que vai acontecer agora?)
(Eu estou com a impressão de que mesmo se ele lembrar de tudo, nada mais será como antes.)
(Mas se ele se lembra de mim... ele vai se lembrar do restante? Da Nina? Da Rosa? Ou pior, do pai doente?)
(Eu acho que qualquer um ficaria perdido com tanta informação.)
(Ao chegar em casa, eu não precisei me justificar pelo atraso aos meus pais.)
(Eles deixaram um recado na coxinha avisando que tinham ido ao cinema, como dois pombinhos.)
(Eu ainda não estou com vontade de contar o que está acontecendo.)
(No dia seguinte, eu acordei com uma sensação estranha.)
(Eu estou completamente obcecada pelo Lysandre e pela expressão no rosto dele, pareceu que ele me reconheceu.)
(Parece loucura, visto o estado dele, mas eu fico até pensando que ele vai aparecer na escola hoje...)
(Ele pode querer vir conversar comigo...)
(Vamos, Docete, levante-se ou vai chegar atrasada.)


Ponto de Ônibus


(Olha só...)
(É besteira minha, mas eu sempre pensei que a Bia não tivesse amigos fora da escola...)
(Ou talvez, nenhum amigo...)
(Vê-la acompanhada de um rapaz é surpreendente.)
(Talvez seja o irmão dela.)


Samuel: Eu já te disse o quanto você é bonita?


(??!!)


Bia: Mais de dez vezes, eu acho... Mas eu gosto.


(Próximo)



Samuel: Eu te acompanho aqui mais tarde, tudo bem?


(Próximo)


Bia: Sim, claro.


(O rapaz se curvou para beijá-la com uma determinação irresistível.)
(Eu não acredito! A Bia tem um namorado!)
(Se alguém me contasse, eu não acreditaria.)


Samuel: Até mais tarde, Bia.


(Próximo)


Bia: Eu vou sentir sua falta.


(Próximo)


Samuel: Eu também.


(Eu não consigo acreditar.)
(Mesmo se alguém tivesse conseguido me convencer de que a Bia estava saindo com alguém, eu nunca teria imaginado um rapaz com um visual tão... Diferente.)

(Além disso, ele parece um pouco mais novo do que ela...)
(Onde será que eles se conheceram?)


Li: Não, eca!




Ambre: Isso é uma piada?


Charlotte: Que horror!


(Próximo)
(Oh, não...)


Ambre: Que vergonha de você, Bia.


(Próximo)


Ambre: Saindo com um garoto, você ficou louca?


(Próximo)


Charlotte: Sem falar na roupa dele, fala sério, minha retina está pegando, fogo!


(Próximo)


Li: Onde você está com a cabeça?


(Próximo)


Bia: Eu... Hum...


(Próximo)


Ambre: Sinceramente, como você quer que eu continue andando com você após isso?


(Próximo)


Charlotte: Você não escolheu bem, ridículo.


(Próximo)


Bia: Mas... eu gosto dele.


(Próximo)


Li: Você tem um gosto estranho.


(Próximo)


Ambre: Sinto muito, mas eu não posso aceitar isso.


(Eles acham que são rainhas mesmo, que três insuportáveis!)


(Eu sei que a Bia não vai com a minha cara, mas eu não posso deixá-la passar por isso sozinha, é injusto.)
(Eu me recuso a me meter, eu não estou com disposição para enfrentar esse trio de pestes, principalmente para defender alguém como a Bia.)


Quem vocês pensam que são?! Deixem-na em paz!


Ambre: Como você é insuportável se metendo na conversar dos outro assim!


(Próximo)


 Charlotte: Não se meta!


(Próximo)


Li: Pois é, vá cuidar da sua vida.


Vocês não percebem o quanto estão machucando a Bia?
Vocês acham divertido tratar os outros assim?


Ambre: Eu nem deveria me dar ao trabalho de me justificar, mas já que você insiste, nós estamos falando isso para o bem dela.


Mas quem é você para decidir o que é bom para ela? Ninguém!



Ambre: Eu...


Você é apenas uma pretensiosa cujo ego vai acabar explodindo.


Ambre: ...


(Próximo)


Charlotte: Você está se sentindo muito segura... Acho que já faz um bom tempo que nós não cuidamos do seu caso.


Você pode continuar se fazendo de mafiosa na escola, Charlotte, mas saiba, mas saiba que comigo não cola mais.
Suas vidas devem ser bem tristes para que vocês sintam essa necessidade de tentar estragar a vida dos outros.
Vão tentar fazer algo mais construtivo por hoje, para variar!


Ambre: Vocês duas não perdem por esperar, isso não vai ficar assim.


Sei, vou esperar sentada.


Bia: N-Não, Ambre, espere...


(Eu suspirei, chocada.)
(Como ela ainda quer seguir a Ambre depois de ser tratada dessa maneira?)


Bia: Você...


(Eu já percebi que ela vai querer brigar comigo...)


Bia: Você...


(De repente ela começou a chorar e correu em direção da escola.)
(Eu sinto pena e não consigo nem me imaginar no lugar dela.)
(Bom, eu tenho que ir para aula de ciências agora.)
(Eu nunca senti tanta falta de motivação.)

Corredor 2


Melody: Você sabia que a Bia tinha um namorado?


O quê?


Melody: A Ambre acabou de me contar.


(Próximo)


Melody: E eu que pensava que éramos amigas. Ela nem me contou.


(Talvez porque ela sabia que você iria contar para todo mundo.)


Melody: Bom, se ele for tão jovem quanto a Ambre diz, talvez ela estivesse com vergonha de dizer.


Você não está com ciúme por acaso?Talvez ela não queria contar para ninguém... Muitas vezes temos segredos que não queremos nem contar para os amigos mais próximos.Eu não sei...


Melody: Você tem razão.


(Próximo)


Melody: Nesse caso, é uma pena para ela, pois a Ambre decidiu contar para todo mundo...


(Coitada da Bia...)


1° Andar


(Os alunos entraram na sala de ciências aos poucos. Eles parecem mais agitados do que o de costume...)


Nathaniel: Docete? Você sabe o que aconteceu com a Bia?


(Oh, não, de novo não...)


Nathaniel: Ela acabou de passar por mim e não parecia nada bem...


É um pouco delicado, e por cauda da...
(Talvez seja melhor ficar calada, falar sobre a Ambre e com o Nath e sempre arriscado.)


Nathaniel: Nem precisa falar mais, eu imagino que o problema todo cabe em um só nome?


Sim, quer dizer, digamos que cabe em três nomes.


Minha irmã e as lacaias dela, não?


(Eu concordei com a cabeça.)
(No mesmo instante, a professora Delanay apareceu.)


Professora Delanay: Minha aula é na sala e não no corredor, entrem.


(Nós obedecemos sem dar um pio.)

Sala de ciência 


(Quando eu entrei na sala de ciências, a atmosfera estava pesada.)
(Alguns alunos conversavam entre si olhando para a Bia sem nenhuma discrição.)
(A Bia parecia ainda mais sozinha sem o Lysandre, com quem ela formava dubla na aula de ciência.)
(Com os olhos cheios de lágrimas, ela tentava olhar para outra lado.)
(Eu estou triste por ela...)


Professora Delanay: Silêncio, por favor.


(Próximo)


Professora Delanay: Abram o livro na pagina 73.


(Próximo)


Professora Delanay: Leiam o primeiro parágrafo , vocês têm cinco minutos.


(Todo mundo começou a ler em silêncio.)
(Enquanto eu tentava me concentrar, eu ouvi cochichos cada vez maus altos vindo do fundo da sala.)
(De repente, uma voz desagradável quebrou o silêncio que estava na sala.)


... FEIO demais!


(Próximo)


Professora Delanay: O que é isso?


(Eu ouvi um soluço e um barulho de cadeira arrastando no chão.)
(Antes que alguém pudesse reagir, a Bia saiu da sala, chorando.)


Professora Delanay: O que está acontecendo?


(Silêncio total.)
(Engraçado, na hora de assumir, ninguém aparece.)
(Eu levantei a mão.)


A Bia não está se sendo bem hoje e eu acho que deveríamos deixá-la um pouco a sós.)


Professora Delanay: Oh...


(Próximo)


Professora Delanay: Eu não posso deixar um aluno sozinho durante a minha aula.


(Próximo)


Professora Delanay: Vá encontra-la e leve-a a enfermeira, por favor.


Está bem. ( Eu tinha que abrir a minha boca.)


Professora Delanay: Alguém mais para acompanhá-la?


(Próximo)


Professora Delanay: ... visto o que aconteceu nos últimos dias.


(A Melody e a Peggy levantaram as mãos ao mesmo tempo.)


Professora Delanay: Você.


(Ela designou a Peggy com um levantar de queixo.)


Melody: Mas professora, eu sou a representante e...


(Próximo)


Professora Delanay: Vamos fazer silêncio agora, não vamos ter que parar o dia todo tratando disso.


(Eu e a Peggy saímos da sala sem pensar duas vezes.)


Escadaria


Peggy: Você está sabendo da história?


Do que você está falando, Peggy?


Peggy: Haha...


(Próximo)


Você deveria parar de ficar tão na defensiva quando eu te pergunto algo.


(Próximo)


Peggy: O que a Bia tem? O namorado dela é tão feio assim? Ele é um garoto de 13 anos? Eu não entendi tudo...


Olha, eu não vou comentar nada sobre o físico dele. Eu não sei qual a idade dele, talvez quinze...?
É a vida dela, a Ambre e as pestes de suas seguidoras não gostam da escolha, mas eu não sei porque elas têm que se meter assim. Eles não deveriam tê-lo visto, nem eu. Por isso, não piore a situação dela escrevendo um artigo!


Peggy: Ei! Eu não disse que iria escrever um artigo, acalme-se.


(Próximo)


Peggy: Eu não me meto mais na vida pessoal de ninguém... pelo menos no que diz respeito ao jornal.


(Próximo)


Peggy: Por mais estranho que possa te parecer, eu estou preocupada com a Bia.


(Próximo)


Peggy: Não posso dizer que gosto dela, mas a carinha triste que ela fez me deu pena.


(Eu senti o mesmo...)


Peggy: Bom, temos que encontrá-la rapidamente.


(Terminar a conversa.)


Ginásio


(O Boris está conversando com um grupo de alunos do 1° ano.)


Boris: Quem rasgou a rede de vôlei?!


(Será que ele está falando da rede que eu e a Priya rasgamos?!)


*murmura* Vamos, Peggy...


Peggy: O que deu em você? Você não quer procurá-la no vestiário?


Sim, mas rápido...


Peggy: Onde será que ela se escondeu?


Ela não deve estar querendo a ajuda de ninguém.


Peggy: Espere, silêncio.


(Ele colocou o dedo na boca e ficou tentando ouvir algo.)


Peggy: Você não está ouvindo nada?


Não...



(Nós ficamos alguns minutos tentando acalmar a Bia.)
(Aos poucos, ela parou de chorar.)


Bia: Eu não posso deixar o Sam, eu ficaria muito triste.


Ninguém te obriga a fazer isso, você que decide com quem namora.


Peggy: Andar com a Ambre parece ter sido a pior escolha que você fez na sua vida, se quer saber a minha opinião.


(Próximo)


Peggy: Eu não conheço o seu Samuel, mas...


Impossível ele ser pior do que a Ambre...


Bia: Vocês não entendem...


Então explique, o que você acha tão interessante assim na Ambre?


Bia: Ela é carismática.


(Próximo)


Peggy: Como?


O que? (Ela está falando sério?)


Bia: Vocês reagem assim porque não gostam dela.


(Próximo)


Bia: Ambre não deixa ninguém indiferente, pelo menos ela não é... sem graça.


(Próximo)


Peggy: Você está fazendo uma pegadinha com a gente, não é isso?


(Próximo)
(Eu olhei para a Bia.)

Ao dizer isso, você está pensando em mim?
(Ela deu de ombros.)


Bia: Eu vou ligar para a minha mãe e perguntar se ela pode me levar para casa.


(A arte de evitar o assunto...)


Peggy: Mesmo assim, você tem que passar na sala da diretora antes...


(Próximo)


Bia: Sim, eu vou.


(Ela começou a andar e eu pensei que ela não iria dizer mais nada.)


Bia: Obrigada por virem me procurar.


(Um obrigada vindo da Bia? Ganhei na loteria!)


Peggy: De nada, é normal.


Sim, volte para casa e descanse.
(Ela fez um sinal positivo com a cabeça e foi até a sala da diretora.)
(Eu passei o restante do dia pensando em tudo isso.)
(O comportamento da Ambre e a aflição da Bia não me deixam indiferente.)
(Mas isso parece tão pequeno comparado ao que eu vivo com o Lysandre.)
(Se ele não tivesse sofrido o acidente, eu estaria feliz em poder sair escondida com ele.)
(Eu não suporto essa maneira que as pessoas têm de julgar os casais.)
(Mas eu preferia mil vezes viver a situação da Bia do que a minha.)
(Para falar a verdade, eu nunca me senti tão sozinha assim antes...)
(Ainda mais por não ter conseguido quebrar o gelo entre eu e a Rosa. Talvez chegou a hora de remediar.)
(Eu não estou mais de castigo, vou convidá-la para dormir lá em casa.)
(Eu tenho certeza que fará um bem danado para nós duas.)
(Eu preciso encontrá-la antes que ela vá para casa.)

Sala de aula A


Nathaniel: Todo mundo pode!


(Próximo)


Kim: Você diz isso porque eu era um caso perdido, não é mesmo?


(Próximo)


Nathaniel: Pare de fazer cara feia, você não tem mais motivo para se chatear. Você conseguiu melhorar bastante e tudo bem rápido.


(Próximo)


Kim: Sim, além disso, eu sobrevivi à personalidade difícil do meu professor!


(Próximo)


Nathaniel: Eu falei que você não tinha mais motivos para se chatear, mas não disse para ficar tão cheia de confiança. Tenha cuidado com o que diz....


(Próximo)


Kim: Eu estou brincando, você também melhorou muito, haha.


(Próximo)


Nathaniel: O que você quer dizer com isso?


(Próximo)


Kim: Você melhorou pra caramba, está mais descontraído.


(Próximo)


Nathaniel: Oh....


(Próximo)


Nathaniel: Pois saiba que ouvir isso me deixa feliz "pra caramba".


(Próximo)


Kim: Se algum dia alguém tivesse dito que eu ouviria você falar assim, eu não acreditaria.


(Eu segurei o riso.)
(Pelo menos, do lado deles, tudo está indo bem.)
(Eu estou feliz pela Kim.)


Corredor Principal


Priya: Eu espero que você tenha colocado a minha obra de arte em um quadro exposto na sua sala.


Sim, claro. Meus pais gostaram especialmente da delicadeza dos traços.Haha, não... Mas eu guardei no meu armário!
Gente, não, que horror!


Priya: Verdade? Você é uma graça, haha.


(Terminar a conversa.)


Porão


Castiel...
Você está ficando por aqui mais tempo do que o de costume.


Castiel: Sim, e é problema meu.


Ok, hum... Você viu a Rosa?


Castiel: Ela estava aqui quando eu cheguei e não parecia nada bem.


Oh, não...


Castiel: Eu acho que é por causa do Lysandre.


(Próximo)


Castiel: Estranho, e eu que achava que ela não iria ficar tão abalada assim.


(Próximo)


Castiel: Quer dizer, eu sei que eles se veem algumas vezes, afinal é o cunhado dela, mas...


(Próximo)


Castiel: Bom, eu digo isso sem certeza, é melhor não me meter nessa história.


O que você está querendo dizer?


Castiel: Eu só estou achando meio estranho. Eu conheço o Lysandre, ele é super discreto. Eu não pensei que eles fossem tão próximos assim, ela sofre como se...


Como se...?


Castiel: Quer parar de ficar insistindo assim?!


(Próximo)


Castiel: O que eu quero dizer é, visto de fora, se alguém não sabe que ela está saindo com o Leigh, vai pensar que está namorando o Lysandre.


(Eu ri de nervoso.)


Castiel: Qual é a graça?


Não, eu estou rindo porque é... ridículo.


(A discussão está indo longe demais, o melhor é eu continuar procurando a Rosa.)
(Quando mais cedo eu conversar com ela, mais rápido eu vou parar de ficar imaginando coisa.)


Escadaria


Ei, vocês viram a Rosa por ai?


Kentin: Não, sinto muito.


(Próximo)


Armin: O Alexy te contou que ele queria organizar uma saída com nós todos juntos?


Não, mas não tivemos a oportunidade de conversar hoje.


Armin: Eu não sei o que ele está tramando, mas já penso no pior...


(Próximo)


Kentin: Ele está muito animado para o meu gosto.


O que vocês dois estão fazendo?


Armin: Bom, nós estamos procurando o Alexy.


Ok, eu tenho que ir.


1° Andar


(Eu vou evitar essa daí.)
(Quando mais o tempo passa, mais eu perco a confiança.)
(Estou até achando que talvez seja ela a culpada por toda essa perseguição contra a Bia.)
(A Ambre parece acreditar em tudo o que ela diz.)


Club de Jardinagem


(Que milagre, finalmente encontrei a Rosa.)


Rosalya: Oh... Olá!


(Ela olhou para mim um pouco perdida.)

Bom... Não vamos mentir, mas há uma situação estranha entre nós duas desde...


Rosalya: Desde o hospital.


(Próximo)


Rosalya: E confesso que eu não estou nada bem...


Eu também não...

(Nós trocamos um olhar triste.)


Rosalya: Eu acho que precisamos conversar.


Eu acho que precisamos conversar.
(O faro de falarmos ao mesmo tempo acabou quebrando o gelo.)

Por isso eu te convido para dormir lá em casa hoje à noite. Vai ser bom para nós duas.


Rosalya: Eu aceito sim.


(Próximo)


Rosalya: Eu só preciso passar em casa para pegar algumas coisas. Você quer que eu chegue que horas?


Lá pelas 8 da noite, assim eu terei tempo de fazer umas compras e avisar os meus pais.


Rosalya: Não precisa comprar comida, eu levo tudo!


(Próximo)


Rosalya: E você, concentre-se nos seus pais, pois eu sei que vai ser difícil tentar convencê-los.


Ah, eu não estou mais de castigo, não vai ter problemas.


Rosalya: Que bom.


(Próximo)


Rosalya: Eu estou realmente feliz com o seu convite.


Vai ser legal, até daqui a pouco!


Rosalya: Sim.


(Estranho eu estou me sentindo bem melhor só por tê-la convidado... Eu espero que durante a noite eu continue assim...)


Corredor Principal


(Só me resta ir para casa e avisar os meus pais.)
(Dessa vez acho que meus pais não vão conseguir dizer não.)


Lanchonete


(A Iris e o Thomas estão passeando juntos...)
(Só que eu não estou com tempo para conversar.)


Parque


(A diretora está passeando com o o Totó.)


Totó: Au, au!


(Não acredito, mas eu acho que o Totó me reconheceu... Só me resta correr!)


Sala


Pai: Olá, minha filha.


Oi, pai! Como foi o seu dia?


Pai: Foi cansativo, mas bem produtivo.


(Próximo)


Pai: E o seu?


Bem movimentado... História de adolescente, se é que você me entende....


Pai: Eu imagino.


Falando nisso, como os adolescentes sempre precisam conversar após um dia agitado... Eu pensei se você poderia me autorizar a fazer algo.


Pai: Algo me diz que você vai apelar...


Meu pai querido... Eu posso convidar minha amiga Rosalya para jantar e dormir aqui hoje à noite, por favor?


Pai: Mmmm...


(Eu sorri me esforçando para parecer a mais gentil do mundo.)


Pai: Danadinha!


(Ele começou a ri.)


Pai: Eu não vejo problema nenhum, mas como estamos no meio da semana, pergunte para a sua mãe também.


(Próximo)


Mãe: Perguntar o que?


Eu gostaria de convidar a Rosalya hoje à noite.


Mãe: Não tem problema, ela é bem-vinda!


Legal, muito obrigada!
(Eu estou com a impressão que a fase ruim entre meus pais e eu já passou.)
(Espero que este seja o inicio de um período mais feliz...)
(A Rosa chegou às 20h, como combinado, com sacolas e mais sacolas de comida.)

Você que cozinhou tudo isso?


Rosalya: Você tá doida...?


(Próximo)


Rosalya: O Leigh conhece um chef, é um amigo. Você vai ver, os pratos são deliciosos.


(Nós jantamos com meus pais, eles pareciam apreciar a conversar com a Rosa.)
(Eles parecem gostar muito dela.)
(Nós os ajudamos a tirar a mesa e depois subimos até o meu quarto.)


Rosalya: Eu posso me trocar no banheiro?


Claro! Eu vou me trocar aqui.


Rosalya: Ok, até daqui a pouco.


(Eu olhei para o meu guarda-roupa.)
(Eu vou colocar o pijama completo que eu comprei para dormir na casa do Nathaniel.)
(Eu sei que a Rosa detesta, mas eu adoro!)
(Eu me preparei.)
(A Rosa não demorou para voltar.)


Rosalya: ...


Eu sei o que você vai dizer...


Rosalya: Oh, não, seu pijama de criança.


Sim...


Rosalya: Grrr... Qualquer dia desses eu vou te dar um babydoll de presente.


(Próximo)


(Nos sentamos na beirada da cama.)
(Eu não sei por onde começar.)


Rosalya: Eu sinto muito.


Como?


Rosalya: Eu sinto muito por te fazer viver esse tipo de situação com o Lysandre.


Mas o que você está falando?


Rosalya: O acidente... Digamos que não é a hora de saber o que ele sentia por mim no passado.


(Próximo)


Rosalya: Mas isso tudo é coisa do passado! Ele quer ficar com você, ele tinha me dito o quanto gostava de você... antes do acidente.


V-Verdade? (Eu estou quase chorando também... Tenha cama, Docete?


Rosalya: Ele estava preocupada com o pai e sabia que você desconfiava de que algo... mas ele queria te proteger. Foi por isso que ele preferiu não te contar nada.


(Eu estava com um nó na garganta.)

O Lysandre... ele devia ter me falado, eu só queria ajudar. Nós estamos juntos e é juntos que devemos afrontar esse tipo de situação.


Rosalya: Foi o que eu falei, mas ele disse que vocês tinham pouco tempo juntos e que não era o bom momento.


(Eu balancei a cabeça triste)

Eu estou perdida.


Rosalya: Você precisa entender que ele estava apaixonado por mim no passado, mas ele já tinha virado a página. E eu sempre quis ficar com o Leigh e considero o Lysandre como um grande amigo, quase como um irmão.


(Próximo)


Rosalya: E quando a memória dele voltar, eu tenho certeza wue será a mesmo coisa.


(Ela parou de falar, transtornada.)


Rosalya: Ele vai se lembrar... temos que acreditar.


Por falar nisso...


Rosalya: ... O que foi?


Eu queria te contar algo, foi por isso também que te convidei.


Rosalya: Diga...


(Eu contei tudo o que aconteceu ontem à noite. A minha ideia de entregar o bloco de notas para o Lysandre, o fiasco no hospital e a minha convicção de que ele se lembrou de alguma coisa.)


Rosalya: Oh... Você acha que...?


Pode acreditar, eu preferia ter absoluta certeza, mas aquela enfermeira insuportável me colocou para fora antes que eu pudesse dalar alguma coisa para ele.


Rosalya: Mas... Você contou para a mãe dele e o Leigh? Eles precisam saber!


Talvez seja melhor não dá falsas esperanças.
Eles devem visitá-lo em breve...


Rosalya: Eles iriam hoje à noite, o Leigh não me contou nada, estanho...


Você quer tentar ligar para ele?
(Ela concordou.)


Rosalya: Puxa, ele não atende. Por que ele não atende?


Calma... Talvez o telefone esteja com problemas.
Olha, vamos ver isso amanhã. Hoje à noite, nós vamos tentar passar um bom momento.


Rosalya: Você não esta curiosa em saber se ele lembrou de algo ou não?


Estou... Eu pensei nosso o dia todo.
Mas eu acho que a essa hora, ou ele se lembrou e está precisando de tempo para assimilar as informações ou ele não lembrou e, neste caso, não adianta nada essa urgência toda.


Rosalya: Mas... É o seu namorado! Você não quer ter certeza?


Claro que sim, mas agora, sinceramente, eu estou precisando ficar um pouco com a minha melhor amiga.


Rosalya: Oh...


(Ela me abraçou chorando.)


Rosalya: Que coisa, parece que trocamos os papéis hoje. É  você quem me orienta e eu que preciso ser tranquilizada.


É para isso que servem os amigos, não? Não temos que ir sempre na mesmo direção.


Rosalya: Sem duvida.


(A partir desse momento, o ambiente ficou menos tenso.)
(Nós podemos conversar sobre temas mais leves.)
(Eu contei o que sabia sobre a Bia e o Samuel.)


Rosalya: E como é o namorado da Bia?


(Próximo)


Rosalya: Eu não acredito que ele é tão estranho assim como diz a Ambre e a Charlotte!


Bom, ele parece bem jovem e tem um um look um pouco... original.Ele é legal. Eu nunca vi a Bia tão gentil com alguém.
Não é o meu tipo, mas você sabe... gosto, cada um tem o seu.


Rosalya: Ok, entendi, ele é bizarro.


Então... Eu quase não o vi!


Rosalya: Talvez iremos encontrá-lo um dia desse.


Eu não tenho certeza, lembre-se que estamos falando do namorado da Bia.


Rosalya: Quem sabe essa história não sirva para que ela abra os olhos sobre quem a Ambre realmente é, Assim, ela vai começar a andar com pessoas mais interessantes.


(Próximo)


Rosalya: Como você e eu!


Você não esta indo rápido demais? A Bia nunca gostou de mim, eu não imagino que ela comece a querer falar comigo de um dia para outro...


Rosalya: Você a apoiou quando ela mais precisou!


É verdade, mas isso não é o suficiente para pagar os meses que nos estranhamos.
(A Rosa deu, de ombros.)

Rosalya: Eu não sei, eu tenho certeza que essa história vai força-la a amadurecer.


Pode ser!


Rosalya: Eu confesso que estou surpresa, ela é a última pessoa na classe que eu poderia imaginar namorando.


É verdade... E você pensava em quem?


Rosalya: A Ambre. eu não entendo como uma menina que se acha tanto não tenha um namorado...


Talvez porque ela se ache demais...


Rosalya: Garotas assim acabam namorando com rapazes não muito inteligentes, que estão disposta a tudo para sair com elas.


(Próximo)


Rosalya: Mas aqui, a maioria dos rapazes têm bom gosto, talvez isso explique..


.Ou talvez porque ela não esqueceu o Castiel.


Rosalya: Pode ser também...


(Ela começou a bocejar.)


Vamos dormir, está tarde e eu tenho aula amanhã.
Você parece tão cansada, você quer ir tomar um café comigo?
É o fato de falarmos da vida amorosa da Ambre que te deixa tão entediada?

Rosalya: Verdade que talvez isso tenha alguma coisa a ver!


As pessoas pegaram no seu pé quando você começou a sair com o Leigh?


Rosalya: Ah, se você soubesse... É sempre a mesmo coisa. As pessoas não podem deixar de se meter em tudo. Ainda mais quando o assunto é a relação amorosa alheia.


Então você entende porque eu quis deixar nossa história secreta...


Rosalya: Eu nunca disse que estava contra isso. Eu não acho que seja a melhor solução, mas se isso e o que você quer, é o principal.


(Nós continuamos com nossas fofocas bobas e contando os segredos mais sérios durante um bom tempo.)
(Eu acho que nós duas estamos bem melhor.)
(Nós acabamos dormindo como pedra, completamente exaustas.)
(Nós acordamos no dia seguinte e fomos para a escola cheias de esperança.)
(Eu acho que o Lysandre lembrou de alguma coisa quando eu fui vê-lo à noite no hospital. E essa confiança me fez acreditar que ele pode aparecer na escola a qualquer momento.)
(Mas os dias passaram e ele não apareceu.)
(O Leigh contou para a Rosa que o Lysandre parecia lembrar de certas coisas, mas não disse quais eram elas.)
(Ele contou também que o Lysandre tinha deixado o hospital e que estava descansando na fazenda dos pais.)
(Eu sinto como se fosse um robô.)
(Eu nem sei mais se quero saber a verdade ou não.)
(Se o Lysandre nem se deu ao trabalho de vir me ver ou me ligar, não deve ser um bom sinal...)
(Pelo menos eu tenho o consolo de saber que ele está no campo descansando.)
(Pelo menos, ele não está mais correndo perigo de morte, é o principal.)
(O dia chegou ao fim.)
(Eu vou na sala de artes plásticas pegar o meu trabalho sobre o círculo cromático antes de ir embora.)


Patrick: Ah, Docete! Eu estava esperando você.


Desculpe pelo atraso.


Patrick: Não tem problema, aqui está o seu trabalho.


(Ele me entregou a folha.)
Ah, que bom! Minha nota é excelente! Eu não imaginava que seria tão boa assim!



Patrick: Você fez um bom trabalho.


(Próximo)


Patrick: Mas eu já sabia que seria um trabalho de qualidade.


Obrigada!
Até logo.


Patrick: Até mais.


(Terminar a conversa.)


Pátio


(Eu não vejo a hora de chegar em casa e me jogar no sofá)
(Eu estou cansada.)
(Enquanto eu me afastava da escola perdida nos meus pensamentos, eu ouvi uma voz familiar me chamando com veemência.)


Lysandre: Docete?


(Meu coração parou.)
(Eu estava tão surpresa em vê-lo que fique completamente muda.)


Lysandre: Eu... Podemos conversar um pouco?


(Eu fiz que sim com a cabeça, tremendo da cabeça aos pés.)
(Eu sinto muito, Docete. Por tudo.)

M-Mas por que você diz isso?


Lysandre: Eu estava tão envergonhado de minha atitude, que nem consegui te procurar para conversar.


(Meu cérebro começou a funcionar novamente.)

Não diga bobagem... (Meus olhos se encheram de lágrimas.)


Lysandre: Aquela noite no hospital... Você me fez lembrar da primeira vez que eu te vi...


(Próximo)


Lysandre: Foi a partir desse momento que eu me lembrei o quando você é... Importante para mim.


(Pronto, comecei a chorar copiosamente.)


Lysandre: Eu te machuquei...


(Ele se aproximou e pegou o meu rosto com as duas mãos.)


Lysandre: Eu não sei como fui capaz de te esquecer.


Lysandre....





Eu senti tanto a sua falta...


Lysandre: Eu também senti a sua.


(Próximo)
Lysandre: O tempo que fiquei descansando no campo... quandto mais as lembranças voltavam, mas o meu desejo de te ver aumentava.
(Próximo)
Lysandre: Eu vou fazer o possível para ser perdoado, eu prometo.
Você não precisa se preocupar, a culpa não é sua.
(Ele balançou a cabeça e u entendi que ele precisava perdoar a si mesmo.)
(Eu dei um abraço ainda mais apertado.)
(Eu não sei quanto tempo nós ficamos abraçados na frente da escola.)
(Pela primeira vez, eu não estava me importando com o que os outros poderiam dizer.)
(Ele estava ao meu lado e nada mais importava.)
TERMINAR O EPISÓDIO


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